sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

O Que Fazer Quando Deus Parece Ausente?


Texto: Sl 22.1,2

Introdução
> Exemplo de quando a Gabi foi fazer a prova da GV (ela quis que eu a levasse até a sala de prova). A presença dos pais é uma fonte de segurança durante toda nossa existência!
> “Prestamos um desserviço quando falamos apenas da presença de Deus e não preparamos os outros para enfrentar os momentos em que Deus parece ausente” (Yancey citando Nouwen).
> Obviamente Deus está sempre presente, até porque Ele é onipresente, mas há momentos em nossas vidas em que Ele parece ausente – ver Sl 10.1; 13.1; 89.46; Is 64.7; Jr 14.8.
> “A ausência de Deus pode representar um período de provação do qual nem o próprio Jesus escapou” – ver Mt 27.46 (Yancey)

Transição
> Há momentos na caminhada de cada cristão em que Deus parece ausente, distante, inatingível.
> A Bíblia nos revela algumas atitudes a serem observadas quando Deus parece ausente.

I.) Devemos fazer uma auto-avaliação para verificar se Deus está querendo que façamos correções em nossas vidas
> Talvez não seja o caso de fazer correções, mas em momentos em que Deus parece ausente é sempre salutar fazermos um auto-exame para verificarmos se nossa vida está em dia com o Senhor!
> Em um dos momentos da história do povo de Israel em que talvez Deus tenha aparentemente estado mais ausente, ou seja, quando a cidade de Jerusalém e o templo foram destruídos quando da invasão de Nabucodonosor, Jeremias exortou o povo a um auto-exame – ver Lm 3.40.

II.) Devemos buscar ajuda em outros que já passaram pelo que nós estamos passando
> Talvez José (no período de prisão), Moisés (no período de deserto) e Davi (no período em que fugia de Saul e morava em cavernas) tenham sentido a “ausência” de Deus. Notar como eles agiram, o que escreveram (principalmente no caso de Davi, nos Salmos) pode representar grande ajuda nos momentos em que Deus parece ausente.
> Busque escritores que passaram pelos mesmos problemas e situações que você está passando. Você pode encontrar verdadeiras fontes de água no deserto. Temos ótimos livros e autores disponíveis. Isso pode ser de grande consolo e valia – Ver 2 Co 1.3,4

III.) Devemos entender esses momentos como um importante estágio de crescimento espiritual
> Exemplo da relação dos pais com os filhos: quando o filho está aprendendo a andar, os primeiros dias do filho na escola, o primeiro trabalho, a primeira experiência difícil em que o filho não pode contar com a proteção dos pais.
> Tanto José, Moisés e Davi, certamente experimentaram grande crescimento espiritual nesses momentos de aparente ausência de Deus. Ver ainda Jó 42.5.

IV.) Devemos nos apegar firmemente às práticas devocionais
> Devemos se apegar a Deus “com unhas de dentes”, como nunca antes, mesmo que pareça que você está falando sozinho, mesmo que você não tenha nenhum sentimento da presença de Deus. Ore, leia as Escrituras, participe dos cultos (ver 1 Cr 16.11; 1 Ts 5.17; Sl 1.2; Hb 10.25). Esse tempo de aparente ausência de Deus vai passar!
> Trecho do livro “Cartas do diabo ao seu aprendiz” do C. S. Lewis (pág. 233 do livro “O Deus Invisível” de P. Yancey).

V.) Devemos ter em mente que estes momentos podem estar precedendo a chegada de grandes bênçãos
> Em um dos períodos de maior silencio de Deus na história de seu povo, conhecido como Período Interbíblico (400 anos do silêncio de Deus), esta “ausência” de Deus precedeu a maior de todas as bênçãos que estavam por vir: Jesus!
> Mesmo nas vidas de José, Moisés e Davi, estes momentos de aparente ausência de Deus foram prenúncios de grandes bênçãos: José se tornou governador do Egito, Moisés se tornou o líder do povo de Israel e o instrumento de Deus para libertar o povo do Egito e guiá-lo pelo deserto rumo à Terra Prometida, e Davi se tornou rei do povo de Israel!
> Você já enfrentou ou tem enfrentado momentos em que Deus parece ausente. Creia que estes momentos são prenúncios de grandes bênçãos que estão por vir (Jr 29.11; Rm 8.28).

Pr. Ronaldo Guedes com ajuda do livro “O Deus (In)visível” (P. Yancey).

Fonte:Cristianismo Total


quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Orgulho Gospel


Quando olho para mim mesmo e vejo todos as minhas vontades, desde as mais puras até as mais sujas, percebo que na verdade o que eu mais preciso é de Deus. Eu preciso dEle. Não posso negar isso. Posso tentar me satisfazer de diferentes formas ou maneiras, mas nada me satisfaz de forma tão completa quanto Deus.

Cada vez que dou um passo em direção a esse ser tão magnífico, algo dentro de mim acontece e sinto que já não tenho prazer em coisas ruins. É como se aos poucos Ele restaurasse dentro de mim a natureza que o homem tinha inicialmente: a santidade.

Não é uma santidade hipócrita nem uma tentativa de “viver separado” para ser melhor visto socialmente, alegando que na verdade sou separado porque sou dEle.

É incrível ver que quando Deus se fez carne e habitou entre nós, andou no meio dos menos santos. Fico ainda mais surpreso ao ver que viver e andar entre pessoas que não eram santas, não o tornou menos santo. O resultado foi totalmente o oposto disso, pois as pessoas que estavam ao redor dele se santificaram – e isso não significou exatamente que elas foram para uma classe social mais elevada – mas que os que se consideravam de uma classe social mais elevada já não eram superiores.

Frequentemente falamos sobre santidade e a vivemos religiosamente. Mas essa santidade brota mais de uma metodologia do que de um relacionamento íntimo com Deus. E parece que quanto mais atingimos essa santidade metodológica, mais nos esquecemos de que nada valerá nessa santidade se ela não servir para nos aproximar de Deus e refletir mais do caráter dEle em nós.

Olhando as pessoas que buscam essa santidade metodológica (que muitas vezes encontro em mim mesmo) percebo que ela serve como um troféu de“orgulho cristão.” Então vejo diversas vezes muitas pessoas caindo no erro de achar que seu pecado é menor que o pecado de um “não cristão”. Como que se o sacrifício de Cristo fosse apenas para os que já estão sarados.

Por acaso Cristo não disse que ele veio para os enfermos? Ele por acaso deixou sua santidade por cumprir sua missão? É claro que não!

Nosso chamado à adoração não contradiz nosso dever de pregar o amor de Deus. Todos foram criados para “louvar e adorar” e chamados a viver o amor dEle. Cristo viveu em santidade, se relacionando com o pai e não deixou de cumprir sua missão.

Se nossa santidade nos servir de orgulho não é a santidade de Deus refletida em nós, mas uma metodologia que nos serve de ascensão social (que também não servirá de nada).

A santidade metodológica é tóxica, pois ela nos cega do Deus verdadeiro, nos levando para perto de um Deus que nós mesmos criamos e imaginamos como Ele é. A santidade fruto do relacionamento com o Deus verdadeiro, nos levar para perto dEle e faz com que seu caráter seja refletido em nossas vidas.

Não faça as coisas por fazer. Não viva por regras. Viva guiado por Deus. Encontre-o em sua Palavra, em uma canção que revela seu amor. Encontre-o em uma poesia que revela os segredos do Criador em suas entrelinhas. Encontre-o no silêncio ou na agitação da cidade, mas não crie métodos para encontrá-lo.

A Santidade de Deus está somente nele e não há nada que possamos fazer para consegui-la, a não ser nos aproximarmos dEle e o obedecermos.

Por Abner Arrais

Fonte:Solomon01

Eu Também Não Te Condeno




Pode procurar que você não vai achar. Não importa aonde vá, estou absolutamente convencido de que há duas coisas que você nunca vai achar. Você pode correr o mundo e o tempo, e tenho certeza que jamais conseguirá achar alguém que não se envergonhe de algo em seu passado. Para qualquer lugar que você vá, lá estarão elas, as pessoas que gostariam de apagar um momento, uma fase, um ato, uma palavra, um mínimo pensamento. Todo mundo tenta disfarçar, e certamente há aqueles que conseguem viver longos períodos sem o tormento da lembrança. Mas mesmo estes, quando menos esperam são assombrados pela memória de um ato de covardia, um gesto de pura maldade, um desejo mórbido, um abuso calculado, enfim, algo que jamais deveriam ter feito, e que na verdade, gostariam de banir de suas histórias ou, pelo menos, de suas recordações.

Isso é uma péssima notícia para a humanidade, mas uma ótima notícia para você: você não está sozinho, você não está sozinha. Inclusive as pessoas que olham em sua direção com aquela empáfia moral e sugerem cinicamente que você é um ser humano de segunda ou terceira categoria, carregam uma página borrada em sua biografia, grampeada pela sua arrogância e selada pelo medo do escândalo, da rejeição e da condenação no tribunal onde a justiça jamais é vencida. Você não está sozinho. Você não está sozinha. Não importa o que tenha feito ou deixado de fazer, e do que se arrependa no seu passado, saiba que isso faz de você uma pessoa igual a todas as outras: a condição humana implica a necessidade da vergonha.

A segunda coisa que você nunca vai encontrar é um pecado original. Não tenha dúvidas, o mal que você fez ou deixou de fazer está presente em milhares e milhares de sagas pessoais. Não existe algo que você tenha feito ou deixado de fazer que faça de você uma pessoa singular no banco dos réus – ao seu lado estão incontáveis réus respondendo pelo mesmíssimo crime. Talvez você diga, “é verdade, todos têm do que se envergonhar, mas o que eu fiz não se compara ao que qualquer outra pessoa possa ter feito”. Engano seu. O que você fez ou deixou de fazer não apenas se compara, como também é replicado com absoluta exatidão na experiência de milhares e milhares de outras pessoas. Isso significa que você jamais está sozinho, jamais está sozinha, na fila da confissão.

Talvez por estas razões, a Bíblia Sagrada diz que devemos confessar nossas culpas uns aos outros: os humanos não nos irmanamos nas virtudes, mas na vergonha. Este é o caminho de saída do labirinto da culpa e da condenação: quando todos sussurrarmos uns aos outros “eu não te condeno”, ouviremos a sentença do Justo Juiz: “ninguém te condenou? Eu também não te condeno”.

É isso, ou o jogo bruto de sermos julgados com a medida com que julgamos. A justiça do único justo reveste os que têm do que se envergonhar quando os que têm do que se envergonhar desistem de ser justos.

Recomendação da Semana



PENSAR, um ato de fé

Uma das contribuições mais importantes do protestantismo para a história foi a concessão de liberdade à interpretação bíblica — em última análise, um estímulo à autonomia do próprio pensar, terreno vasto e fértil. Tal movimento, naturalmente, pressupunha riscos, como o surgimento de aventureiros, estelionatários e pervertedores da doutrina apostólica, um preço que o cristianismo já pagava e continua pagando até nossos dias. Ainda assim, a dinâmica da fé evangélica (no sentido mais amplo da palavra) é tributária deste privilégio à reflexão.

Outra espiritualidade caminha sobre esse mesmo solo, ora lançando sementes, ora retirando pedras e espinhos, ora remexendo a terra, ora reforçando as estacas que demarcam a área da fé bíblica genuína. É uma obra desafiadora, mas não inconseqüente. Os artigos reunidos neste livro não são expressões de rebeldia à ortodoxia cristã, mas de inquietude diante de uma Igreja que parece ter abdicado de seu papel de instrumento de transformação e promoção do Reino de Deus em troca do utilitarismo e das benesses dos “reinos deste mundo”.

Para resgatar a vocação da ekklesia, Ed René Kivitz não propõe outra trilha, senão o Caminho; não propõe outro caminho, senão o da graça; não propõe outra graça, senão a revelada em Cristo; e não propõe outro Cristo, senão o Filho do Deus vivo, o Pão da Vida, o Verbo encarnado, de quem a Igreja deve ser Corpo e sinal histórico.

Ed René Kivitz é pastor da Igreja Batista de Água Branca (São Paulo), escritor e conferencista. É autor de Vivendo com propósitos, publicado pela Editora Mundo Cristão.

Fonte:Mundo Cristão

Peixes Grandes E Pequenos


Na esteira do pensamento paralelo de Dostoiévski, que afirma que, se Deus não existe, tudo é permitido, podemos dizer também que a pluralidade de deuses conspira contra a unidade do ser. A ausência de Deus tira do universo e da humanidade seu fundamento moral. Caso tudo quanto exista seja apenas e tão somente a matéria, a substância originária e permanente de toda a realidade, podemos viver como os peixes grandes que devoram os peixes pequenos. Quem deseja tomar a natureza como padrão para a organização social não tem razões para dar de comer a quem tem fome. O popular já expressou sua sabedoria egoísta: quanto menos somos, melhor passamos. Deixem morrer os pobres, que desapareçam as populações da periferia do mundo, assim teremos mais água, mais petróleo, mais condições de sustentabilidade para o mundo, diminuído o número de seu maior predador, a saber, o bicho homem.

Apenas a nocão de Deus como ser moral oferece à humanidade o fundamento da solidariedade indiscriminada. Essa é uma das grandezas do relato bíblico da criação: em Adão, todos os seres humanos são um, pois sobre todos repousa a dignidade divina. Jesus ensinou que assim como todas as moedas são identificadas pela imagem de César, também todos os seres humanos são identificados pela imago Dei.

O fundamento ético do universo e da humanidade repousa no amor, expressão do ser divino que a tudo dá origem. Isso implica necessariamente a compreensão de que a correlação que liga o homem a seu semelhante se realiza na compreensão de uma correlação superior, a que liga o homem a Deus e Deus ao homem, cuja síntese se revela no Cristo, Deus feito homem, único mediador entre Deus e o homens.

Essas são algumas razões porque, assim como a negação de Deus, a pluralidade de deuses inviabiliza a unidade do ser. Sendo verdadeiro que a relação do homem com Deus se manifesta na relação do homem com seu próximo, é imprescindível a pergunta a respeito do caráter desse Deus, que normatiza a relação entre os homens. Muitos deuses, muitas éticas. Muitas éticas equivale a éticas em conflito em busca de hegemonia. Como os deuses não brigam entre si, brigam seus representantes (ou se preferir, os deuses brigam entre si através de seus pretensos representantes). O monoteísmo cristão, que afirma a unidade de três pessoas numa única divindade, diz que Deus é amor, a comunhão harmônica e perfeita do Pai, do Filho e do Espírito Santo.

Qualquer Deus vestido com roupas diversas do amor é um ídolo, um falso Deus, um demônio. A dedução óbvia é que muitos deuses são artifícios para o surgimento de um único e outro deus que pretende rivalizar com o Deus vivo e verdadeiro. Esse outro deus atende pelo nome de ego humano, que, no caminho inverso do amor, mergulha para dentro de si na pretensão estúpida de afirmar a si mesmo como fundamento do universo e centro do mundo. A idolatria e a descrença, isto é, a afirmação de muitos deuses e a afirmação de Deus nenhum, são duas faces de uma mesma moeda: a absolutização do ego humano.

Uma vez que somente na relação com seu semelhante – com quem é um – o ser humano se realiza, e que somente Deus oferece o fundamento para a unidade da humanidade, toda negação do amor, que equivale ao afastamento do outro, equivale também à desintegração do ser. Em termos concretos, Deus nenhum e muitos deuses são uma e a mesma coisa.


Fonte: Ed René Kivitz

Revolução Cultural





Acabo de ouvir Zigmunt Bauman por 30 minutos, em entrevista concedida a Sílio Boccanera, para o Programa Milêmio, da GloboNews.

Dos interessantes comentários a respeito do que Bauman chama de “revolução cultural”, tive alguns insights. Na verdade, dois. E ambos parafraseando o “penso, logo existo” de Descartes. Vivemos dias de “devo, logo existo”. Bauman disse que na sociedade capitalista quem não consome, não existe. Deixamos para trás a caderneta de poupança: “consiga o dinheiro e compre o que que quiser”, e migramos para o cartão de crédito: “compre o que quiser e depois consiga o dinheiro para pagar”. O resultado dessa mudança de paradigma de consumo é a dívida. Mudou o ditado. Antes se dizia “quem não deve, não teme”, hoje se diz “quem não deve, não existe”, pois quem não deve não interessa aos donos do crédito. E quem não interessa aos donos do crédito está alijado da sociedade.

Além de “devo, logo existo”, vivemos dias de “sou visto, logo existo”. Essa é a versão imposta pela tirania das redes sociais. Quem não tem twitter, blog, facebook está fora do horizonte de convívio social, cada vez mais virtual. A vida on-line substituiu a vida off-line. Vai crescendo o número de pessoas que deixam de existir assim que fecham seus computadores e desligam seus smartphones. Aliás, o mundo vai se enchendo de gente que jamais fecha o computador ou desliga o smartphone. Apavoradas com a possibilidades de não serem vistas, isto é, não receber comentários e recados no facebook, e não ver sua coluna de mentions do twitter crescer, as pessoas temem deixar de existir.

E Bauman conclui como somente os sábios: “não tenho capacidade nem conhecimento para avaliar o que isso significa nem como vai ser o futuro”. A entrevista se encerra com Bauman encolhendo os ombros e virando os beiços como quem diz “e agora, José?”.


O Sempre E o De Vez Em Quando


Ed René Kivitz

Outro dia alguém pinçou uma de minhas afirmações para afirmar que eu não acredito em milagres. A afirmação que fiz foi que Deus deseja fazer algo em nós, e não necessariamente por nós. De fato, representa muito do meu pensamento: a principal obra de Deus no humano é a conformação do humano à imagem de seu Filho Jesus, que Paulo, apóstolo, chama de “primogênito entre muitos irmãos”. Mais do que fazer coisas boas para o ser humano, Deus está comprometido em transformar o ser humano, ainda que isso custe deixar ou permitir que coisas ruins aconteçam a este ser humano em processo de transformação. Deus não atua no ramo de “conforto para os fiéis”. Deus atua no ramo de transformação do humano à imagem de Jesus Cristo.


Daí a extrapolar que eu não acredito em milagres é um pulinho. Confundir a ênfase da minha teologia – “Deus faz em nós, e não necessariamente por nós”, com “Deus nunca faz nada por nós”, é até compreensível.

Na verdade, o que pretendo dizer é melhor compreendido quando se dá atenção ao “não necessariamente”: Deus deseja fazer algo em nós, e não necessariamente por nós. Sublinhe o “não necessariamente”. Isso significa que Deus pode fazer e pode não fazer, e que o fazer ou deixar de fazer é imponderável, afetado por muitas variáveis que extrapolam o nosso controle e nosso entendimento. O que acredito, portanto, é que Deus sempre deseja fazer algo em nós, mesmo quando não faz algo por nós. Deus está sempre agindo para nossa transformação, mesmo quando não atua em nossas circunstâncias.

Por esta razão, minha conclusão é óbvia e simples: não devemos pautar nosso relacionamento com Deus na expectativa de que Ele faça algo por nós, mas na certeza de que Ele deseja fazer algo em nós. Quando Ele faz algo por nós, amém, quando não faz, amém também. O que não podemos permitir é que a expectativa de que Ele faça algo por nós nos deixe cegos ou imobilizados para o que Ele quer fazer em nós.

A maioria dos cristãos baseia seu relacionamento com Deus na dimensão “por nós”: o Deus de milagres, o Deus de poder. Alguns poucos baseiam seu relacionamento com Deus no “em nós”: o Deus de amor que nos constrange a viver para Ele e não para nós mesmos, onde viver para Ele implica sempre morrer para si mesmo, tomar a cruz e meter o pé na estrada. O milagre é problema (ou solução) de Deus. A fidelidade é problema meu. Atuar em minhas circunstâncias é o imponderável do mistério de Deus. Atuar em mim é o essencial do propósito de Deus. Você escolhe a base de sua relação com Deus: aquilo que pode acontecer ou não – o milagre, ou aquilo que certamente acontece – a transformação.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

On The Rock



Essa é uma boa notícia para os apreciadores do bom e velho rock n' roll, vem aí a 2° edição do maior evento de rock do recôncavo baiano o On The Rock,quem pôde estar presente na edição passada,sabe que este evento é muito bom e sempre convidando bandas de qualidade.
Em breve estaremos sabendo a data e quais serão as bandas que irão se apresentar.
Que a graça de Deus esteja mais uma vez com os organizadores do On The Rock.

Notícias ruins chegam logo!!!

Em meio a tanta tragédia e desgraças do dia-a-dia, percebo que o clichê “notícias ruins chegam logo” pode ser um fato real. Não tenho paciência pra programas da televisão brasileira e atualmente tenho me desanimado em ver até mesmo as reportagens. As notícias só falam em morte, destruição, violência, ataques terroristas, explosões, atropelamentos, estupros, roubos, desabamentos, desastres ambientais, desgraça total!!! Sem falar dos apresentadores sensacionalistas dos telejornais, que ganham audiência com a desgraça alheia!!!



Mesmo sem assistir esses telejornais sempre estou sabendo das desgraceiras que ocorrem no dia-a-dia. E fiquei lembrando quando era criança... se alguém ficasse preocupado com uma pessoa que estava demorando para chegar, logo minha avó dizia: “ Não se preocupe, não deve ter sido nada de mau, pois notícia ruim chega logo!” Eu ficava matutando... matutando...e não era que minha avó tinha razão. Todas as notícias ruins chegavam logo!!!



Hoje li um testemunho de fé muito bonito e conversando com uma amiga percebemos que as pessoas não conseguem perceber a maravilha de repassar as coisas boas. Quando é notícia ruim, rapidinho se estende, mas quando é notícia boa, demora a se espalhar...



Refletindo sobre esse episódio ocorrido, fiquei pasma ao perceber que damos mais valor as coisas ruins do que as coisas boas. Mas se perguntarmos qual a preferência das pessoas: “notícia boa ou notícia ruim?”, certamente a maior parte responderá que prefere receber notícia boa. Então por que as notícias ruins são mais propagadas do que as notícias boas? Será que vivemos num mundo que só tem desgraça?



A esperança vem se desvanecendo ao longo dos anos, todos já ficam na expectativa... não de coisas boas, mas o que vai acontecer de mau. Só esperam o pior... Mas e as boas notícias? Não há boas notícias que devam ser espalhadas?



Evangelho é uma palavra derivada do grego que significa “boa notícia”. Fico me perguntando por que em meio a tanta dor, destruição e morte, não propagamos a boa notícia? Por que nos calamos e não falamos mensagens boas de fé e amor? Por que nos aprisionamos em receber só notícias ruins? Por que é mais fácil falar do caos do que falar do amor? Devemos anunciar a palavra de Jesus “Se alguém tem sede, venha a mim e beba. Quem crê em mim, do seu interior fluirão rios de água viva.” (João 7:37 e 38). Devemos anunciar que coisas boas podem acontecer... que rios de água viva podem fluir... Basta querer, basta buscar, basta se entregar, basta falar com Deus!!!

Não nos calemos de proclamar as bênçãos que Deus tem derramado em nossas vidas, não vamos deixar de testemunhar, vamos valorizar as boas notícias e vamos orar pelas notícias que nos afligem, que nos incomodam, que nos fazem chorar.

Fonte: Metanóia